Em comunicado oficial,à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã, afirmou que vai iniciar nesta terça-feira 09/02, um processo de enriquecimento de urânio a 20%, em seus reatores. Em 2009,a AIEA propôs que Teerã enviasse o material para ser tratado nas mesmas condições fora do país,para afastar a participação militar do programa nuclear iraniano. Durante reunião com autoridades iranianas, Ahmadinejad, dirigiu-se ao chefe do programa nuclear do Irã, Ali Akbar Salehi, e ordenou que o país comece a enriquecer urânio a um nível mais alto. "Salehi, comece a produção (de urânio enriquecido) a 20%". Potências ocidentais, acusam Teerã de ocultar, sob seu suposto esforço atômico civil, um projeto para aplicações armamentistas, o que o Irã nega há anos.Autoridades explicaram que o país decidiu aumentar o enriquecimento, devido ao fato de o combustível do reator de Teerã, estar se esgotando, o que, segundo ele, é um problema para os 850 mil pacientes de câncer no país. Com os isótopos produzidos no reator científico de Teerã, são feitos tratamentos radiológicos para os pacientes de câncer.O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse, que não teria "preconceito" em relação à ideia de o Brasil receber o urânio iraniano,já que uma das propostas internacionais para resolver o impasse do programa nuclear iraniano, é que seu urânio seja levado a um país antes de ser enriquecido na Rússia, antes de ser enviado novamente ao Irã.
O chanceler brasileiro, destacou que o Brasil tem tentado cooperar no diálogo entre o Irã e outros países, mas não em termos de cooperação nuclear,o Brasil está entrando nesta questão "só no diálogo".
Amorim ressaltou:"O Brasil aceitaria apenas guardar o urânio, mas não enriquecido".
