O presidente Luiz Inácio Lula da Silva,em discurso lido pelo ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, nesta sexta-feira,29/01,em Davos,na Suiça, no Fórum Econômico Mundial,criticou o sistema financeiro global.
Lula,teve que cancelar a viagem que faria a Davos, após ter sofrido uma forte crise de hipertensão na quarta-feira.e passou uma noite internado em um hospital de Recife. O ministro das Relações Exteriores, representou o presidente na entrega do prêmio de estadista global,e fez a leitura do discurso de Lula:
"Vimos, com susto e medo, mas sem que a lição tenha sido corretamente aprendida, para onde a especulação financeira pode nos levar, continuam muitos dos terríveis efeitos da crise financeira internacional, e não vemos nenhum sinal, mais concreto, de que esta crise tenha servido para que repensássemos a ordem econômica mundial, seus métodos, sua pobre ética e seus processos anacrônicos."
Lula criticou,o sistema financeiro mundial,que não visa a produção e sim a especulação.Defendeu zelo nas instituições multilaterais e a criação de "regulações claras para evitar riscos .Pontuou os avanços obtidos por seu governo nas áreas econômica e social e recordando que quando foi ao fórum há sete anos seu governo era visto com desconfiança, Lula disse que o Brasil apostou no mercado interno para combater os efeitos da crise, criticou ainda as guerras e, citando o caso do Haiti, o costume dos países de só ajudar as nações mais pobres quando ocorrem catástrofes,e
enfatizou:"A melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Esta também é uma das melhores receitas para a paz.A humanidade perdeu uma grande oportunidade de avançar, com rapidez, em defesa do meio ambiente. Por isso cobramos que cheguemos com o espírito desarmado, no próximo encontro, no México, e que encontremos saídas concretas para o grave problema do aquecimento global",
